Passio Domini: Meditação na Agonia de JESUS no Getsemani – parte I (por S. João Paulo II)

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Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dominus DEUS Sabaoth.

Pleni sunt cæli et terra gloria tua.
Hosanna in excelsis.

Benedictus, qui venit in nomine DOMINI.
Hosanna in excelsis.

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Em Nome do PAI, FILHO e Espirito Santo. Amém

SENHOR, tende piedade de nós.

CRISTO, tende piedade de nós

SENHOR, tende piedade de nós

1 Oferecimento de si em benefício dos Sacerdotes

 Meus DEUS e PAI, em resposta à palavra de Vosso FILHO no Monte das Oliveiras: “Vigiai e orai Comigo”, pedimos a Vós: aceitai-nos como auxiliares especiais de Vossos sacerdotes, em nome dos quais, oferecemos a Vós cada quinta-feira como um sacrifício de amor.

Com desejo fervoroso, eu me ofereço-Vos, ó PAI, com completa confiança, juntamente com esta celebração da Passio Domini como um sacrifício de amor em favor de todos os sacerdotes. Tomai este sacrifício e transformai-o no “vinho” para o Cálice do Fortalecimento. Então, PAI, enviai Vosso Santo Anjo com esse Cálice para fortalecer os sacerdotes, especialmente os de minha paróquia.

Mãe Dolorosa, peço-Vos pelo Vosso sofrimento na morte de Vosso FILHO, que ofereçais ao PAI ETERNO, o precioso Sangue que jorrou das Chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO Crucificado, pelos pobres sacerdotes transviados, que se tornaram infíeis a sua sublime vocação, para que quanto antes voltem junto ao Bom Pastor. Amém.

2) Senhor, eis-me aqui com o meu Anjo

SENHOR, eis-me aqui com o meu Anjo para Vos adorar e amar, para Vos suplicar por todos os que têm fome de Vós  e que estão em perigo.

Fazei desta hora uma hora de graça, e enchei-a com a Vossa misericórdia transbordante, ó DEUS Santo, Forte e Imortal. Amém

3) Oferecimento de si em benefício dos Sacerdotes

Meus DEUS e PAI, em resposta à palavra de Vosso FILHO no Monte das Oliveiras: “Vigiai e orai Comigo”, pedimos a Vós: aceitai-nos como auxiliares especiais de Vossos sacerdotes, em nome dos quais, oferecemos a Vós cada quinta-feira como um sacrifício de amor.

Com desejo fervoroso, eu me ofereço-Vos, ó PAI, com completa confiança, juntamente com esta celebração da Passio Domini como um sacrifício de amor em favor de todos os sacerdotes. Tomai este sacrifício e transformai-o no “vinho” para o Cálice do Fortalecimento. Então, PAI, enviai Vosso Santo Anjo com esse Cálice para fortalecer os sacerdotes, especialmente os de minha paróquia.

Mãe Dolorosa, peço-Vos pelo Vosso sofrimento na morte de Vosso FILHO, que ofereçais ao PAI ETERNO, o precioso Sangue que jorrou das Chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO Crucificado, pelos pobres sacerdotes transviados, que se tornaram infíeis a sua sublime vocação, para que quanto antes voltem junto ao Bom Pastor. Amém.

4) Oração preparatória para Meditação da Paixão:

Espírito Divino iluminai a minha inteligência, inflamai o meu coração, enquanto medito na Paixão de Jesus.

Ajudai-me a penetrar nesse mistério de amor e sofrimento do meu Deus, que, feito homem sofre, agoniza, morre por mim.

Ó Eterno, ó Imortal, descei até nós para sofrer um martírio inaudito, a morte infame sobre a cruz no meio dos insultos, de impropérios e ignomínias, a fim de salvar a criatura que o ultrajou e continua a atolar-se na lama do pecado.

O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue!.

Não, não posso penetrar neste oceano de amor e de dor sem a ajuda da vossa graça, ó meu Deus.

Abri-me o acesso à mais íntima profundidade do coração de Jesus, para que eu possa participar da amargura que o conduziu ao Jardim das Oliveiras, até às portas da morte — para que me seja dado consolá-lo no seu extremo abandono.

Ah! Pudesse eu unir-me a Cristo, abandonado pelo Pai e por Si próprio, a fim de expirar com Ele!

Maria, Mãe das Dores, permiti que eu siga Jesus e participe intimamente da sua Paixão e do seu sofrimento!

Meu Anjo da guarda velai para que as minhas faculdades se concentrem todas na agonia de Jesus e nunca mais se desprendam. Amém.

Ó meu Senhor Jesus Cristo, prostrado na tua presença divina, suplico ao Teu amorosíssimo Coração que me admita à dolorosa meditação da Tua Paixão, durante as quais, por nosso amor, tanto sofreste no Teu corpo adorável e na Tua alma santíssima, até à morte de cruz. Ajudai-me e dai-me a graça, o amor, a profunda compaixão e a compreensão dos Teus sofrimentos, enquanto agora medito na tua Paixão.

Ó misericordioso Senhor, ofereço-Te a vontade e o desejo que tenho de meditar a Tua Dolorosa Paixão e aceita a minha amorosa intenção e faz com que seja de proveito para mim e para todos. Amém.

10 minutos de silêncio para oração pessoal…

 PARTE II : MEDITAÇÃO:

Meditação da Agonia do SENHOR por Papa Joao Paulo II:

 1) JESUS com que freqüência ele rezava sozinho, se afastava dos seus discípulos e se entretinha em colóquio com o Pai. Na maioria das vezes, fazia-o enquanto os outros repousavam: “E passou a noite inteira em oração a Deus” (Lc 6,12), como lemos no Evangelho. Só houve um caso em que Jesus pediu claramente aos Apóstolos que participassem da sua oração, e foi exatamente no Getsemani, para onde o Mestre havia ido junto com eles na noite da quinta-feira santa. Todos eles ainda conservavam diante dos olhos e no coração o que Jesus havia feito e dito na última ceia. E eis que, deixando os outros Apóstolos à entrada do Getsemani, ele tomou consigo três: Pedro, Tiago e João, os mesmos que tinha levado ao Tabor, e disse-lhes: “Ficai aqui e vigiai comigo”. E, afastando-se um pouco deles, prostrou-se por terra e orou (cf. Mt 26,38-39). No caso, tratou-se de um evidente convite para participar da sua oração.

Por que justamente naquele momento? Por que justamente daquela vez? Talvez porque já os havia introduzido em uma particular participação no seu mistério: tinha-lhes dado como alimento o pão dizendo: “Isto é o meu corpo que é dado por vós” (Lc 22,19), e como bebida o vinho dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado em favor de vós” (Lc 22,20), e, finalmente, recomendando: “Fazei isto em minha memória” (Lc 22,19). Deste modo, havia-os introduzido nas profundezas do seu mistério.

Jesus começa a sua oração. Afastando-se dos três, começa — como já o havia feito tantas vezes — o seu colóquio com o Pai. Desta vez, porém, o colóquio é decisivo: ele tem início nas profundezas da alma de Jesus e revela toda a verdade da sua humanidade, manifestando também a intensidade de sua angústia naquele momento concreto da vida do Filho do Homem; ao mesmo tempo, entretanto, ele se apresenta igualmente como uma síntese de todas as preocupações daquele que dizia a respeito de si mesmo: “Eu sou o bom pastor: o bom pastor dá sua vida por suas ovelhas” (Jo 10,11). Jesus entrega-se a esta oração com a incomensurável e universal ansiedade que experimenta diante de cada indivíduo e de todos os homens: “Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,14). Esta oração reflete o grande conhecimento de Jesus a respeito do homem e da humanidade inteira, mergulhada na dramática cisão ocorrida depois do pecado original, dando lugar a um progressivo afastamento da Vontade do Pai, afastamento que, por sua vez, acarretará efeitos mais espantosos do que os da desobediência original.

Esta é a oração que revela o grande conhecimento sobre o homem, porque pronunciada por aquele de quem disse a Escritura: “Não necessitava de que o informassem sobre homem algum, porque conhecia o que havia no homem” (Jo 2,25).

Minuto de silêncio…  Ave Maria…

2) “Meu Pai se é possível, que passe de mim este cálice”. Com que palavras pronunciou tal oração? Conhecemo-las muito bem: são palavras lapidares, mas, ao mesmo tempo, transbordantes do peso daquela hora, isto é, da hora em que o servo de Javé deve cumprir a profecia de Isaías, dizendo o seu “sim”. “Jesus Cristo… não foi sim e não, mas unicamente sim” (2Cor 1, 19).

As palavras de Cristo no Getsemani são simples, até mesmo aquelas mediante as quais se exprimem as verdades mais profundas e as decisões mais importantes. Jesus disse: “Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26,39). Observemos que esse cálice, de agora em diante, não vai mais poder ser afastado dele, porque no cenáculo já havia sido transmitido à Igreja, já se havia tornado o “cálice da nova e eterna Aliança” e o cálice do sangue “que será derramado” (Mc 14,24 e paralelos). Apesar de tudo isto, Jesus diz: “Se é possível, que passe de mim…”.

Que significa: “Se é possível”? Não é esta a oração do Filho de Deus que, com toda a verdade da sua humanidade “sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus” (1Cor 2,10) no Espírito Santo? Ele, participando da maneira mais completa do mistério da liberdade de Deus, sabe que não deve ser necessariamente assim; e, ao mesmo tempo, participando do Amor divino, sabe que não pode ser de maneira diferente. No fundo, ele viera ao Getsemani para receber o Julgamento, emitido desde muito, ou melhor, desde a eternidade (cf. Cl 2,14). Assim mesmo, veio: ajoelha-se e reza, como se o Julgamento, emitido desde toda a eternidade, tivesse de ser pronunciado ali e naquele momento. “Se é possível, que passe de mim este cálice…”.

A oração é sempre uma redução maravilhosa da eternidade à dimensão de um momento concreto, uma redução da Sabedoria eterna à dimensão do conhecimento humano, ao modo concreto de compreender e de sentir, uma redução do amor eterno à dimensão do coração humano concreto, que às vezes não é capaz de lhe acolher a riqueza e que parece despedaçar-se.

Durante a oração no Getsemani, o suor que apareceu sob a forma de gotas de sangue sobre a fronte de Jesus é sinal de um tormento agudíssimo por que passa o seu coração humano. “É ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte…” (Hb 5,7).

Um minuto de silêncio.  Ave Maria…

TERCEIRA PARTE: Oferecimento das gotas do Preciosíssimo Sangue

  Neste momento cada pessoa pode oferecer em silêncio ou em voz alta a gotas do Precisissimo sangue por diversas intenções, especialmente pela Igreja e pelos sacerdotes. Pode-se rezar com as próprias palavras ou usar a oração abaixo para apresentar suas intenções:

Senhor e Salvador JESUS CRISTO, nesta hora de vossa dolorosa agonia no Horto das Oliveiras, suplicamos uma gota do Vosso Precisíssimo Sangue por …. (intenção particular)

Senhor e Salvador JESUS CRISTO, nesta hora de vossa dolorosa agonia no Horto das Oliveiras, suplicamos uma gota do Vosso Precisíssimo Sangue por …. (intenção particular)

Senhor e Salvador JESUS CRISTO, nesta hora de vossa dolorosa agonia no Horto das Oliveiras, suplicamos uma gota do Vosso Precisíssimo Sangue por …. (intenção particular)

Oração Final

Meu Jesus, Tu chamaste-me nesta Hora da Tua Paixão a fazer-Te companhia e eu vim. Parecia-me que Te ouvia, angustiado e sofredor, a pedir, a reparar e a sofrer, e com as vozes mais comovedoras e eloquentes pedir a salvação das almas.

Procurei seguir-Te em tudo e agora, tendo de Te deixar para me dedicar às minhas ocupações habituais, sinto o dever de Te dizer “obrigado”, e “bendigo-Te”. 

Sim, ó Jesus, repito-Te “obrigado” milhares de vezes e “bendigo-Te” por tudo o que fizeste e sofreste por mim e por todos. “Obrigado” e “bendigo-Te” por cada gota de Sangue que derramaste, por cada respiro, palpitação, passo, palavra, olhar, amargura e ofensa que suportaste. Por tudo, ó meu Jesus, Te digo um “obrigado”  e um “bendigo-Te”. 

Ó Jesus, faz com que de todo o meu ser brote uma corrente contínua de gratidão e de bênçãos, de forma a atrair sobre mim e sobre todos a corrente das Tuas bênçãos e graças. Ó Jesus, aperta-me ao Teu Coração e com as Tuas mãos santíssimas marca cada partícula do meu ser com o Teu “bendigo-Te”, para que de mim brote um hino contínuo de louvor a Ti.

Sanctus, Sanctus, Sanctus
Dominus DEUS Sabaoth.
Pleni sunt cæli et terra gloria tua.

Hosanna in excelsis.

Benedictus, qui venit in nomine DOMINI.
Hosanna in excelsis.

Com o Vosso FILHO, ó Mãe Pia,

Abençoai-nos, ó Virgem Maria!

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